Sala dos professores ou Bebendo em outras fontes
dezembro 15, 2009
Quantas vezes, desde que você decidiu trabalhar com comunicação, você já ouviu dizer que um criativo/publicitário/comunicador tem que buscar referências em outros meios que não aquele que ele trabalha?
Eu já perdi a conta de quantas vezes já ouvi e li esse conselho, que acredito, deva ser a grande máxima de todos os que ficam numa posição de conselheiro pra quem está começando.
Apesar de poético, sempre achei pouco prático. Sim, todos devem buscar referências em outras mídias e linguagens. Mas a inspiração pode ser menos óbvia do que o conselho soa.
Hoje, foi ao ar a edição especial do programa Sala dos professores da Radio Eldorado no Bourbon Street. Nesta edição Daniel Daibem entrevistava Paulo Cézar Pinheiro e contava com Fabiana Cozza para interpretação de seu repertório. (Guardem isso, é referencia, rs)
Mas vamos voltar a publicidade. A certa altura do programa, o apresentador (Daniel Daibem), cita uma teoria de que os acordes transmitem sensações.
Por exemplo, prestem atenção no acorde abaixo. O dó maior é mais triste ou mais alegre?
Agora, ouça este acorde. Com este parametro fica muito mais claro entender a diferença entre as sensações e emoções entre o Dó maior e o Dó menor.
Um músico – continuou o apresentador -, quando tem o controle destas sensações, sabe exatamente como tirar do ouvinte a emoção que ele quer.
E como é que nós, publicitários podemos trabalhar esta referência, essa aula?
Temos, por obrigação, que entender a diferença entre o Dó maior e o Dó menor na direção de arte, no tom do texto, no call to action, na proposta de interação.
Eu diria ainda, que nós temos em nossas mãos o controle e a possiblidade de incitar emoções e cambia-las durante a mensagem.
Um belo exemplo é o video abaixo:
PS.: Obrigado ao Hugo Medeiros, que gravou o violão pra mim.
Você lembra da fita K-7? Mixtape interativa.
março 27, 2008
Você se lembra quando gravava uma seleção de musicas em uma fita cassete com o The best of a bandinha da moda pro amigo ou as baladinhas mais melosas do momento pra uma namorada?
E qual era a graça das Mix Tapes senão a distribuição delas?
Este site trás de volta esse conceito e usa o poder de distribuição da internet. É uma imersão nostalgica total.
O funcionamento é simples, você se cadastra, sobre 12 músicas e ganha um endereço para enviar para os seus amigos.
O meu é http://honorio.muxtape.com.
É tão simples e tão genial. Uma rede social sem adicione amigos ou deixe aqui seu recado. Poder viral além do indique um amigo. Lindo, lindo, lindo.
Telegrama Legal. Your own Bob Dylan video.
março 27, 2008
Você conhece o Bob Dylan?
Se sua resposta foi positiva, provavelmente você é um admirador do trabalho do cara e também é provavel que você conhece o clássico clipe de “Subterranean Homesick Blues”.
Para lançar a nova coletânea do cantor (que contém o primeiro remix autorizado por ele), foi criada uma ação que você faz a sua própria versão do clipe de “Subterranean Homesick Blues” e manda para os amigos.
Belo presente para os fãs do cara. Receber uma mensagem do próprio Dylan? Bom hein?
Clique na imagem para criar a sua versão.
Postado originalmente no CI9
Making of de um website – Volkswagen
março 24, 2008
Eu acredito na convergência da audiência da TV para internet. No Brasil já testemunhamos casos como o da campanha Personagens do HSBC.
Esse filme inglês da Volkswagen mostra a construção do novo website da montadora. Uma linha de montagem liderada por engenheiros como no chão de fábrica. 1 minuto na TV para vender quantos minutos o cliente quiser com a marca, online.
Sintomas de Interativo
março 7, 2008
Juliana diz: Você mudou de agência!?
Honório: Mudei, não tinha te contado?
Juliana: Não seu safado. Mas ainda é online né?
Honório: É sim, não tem mais como mudar. O sangue que corre em minhas veias corre em kbytes por segundo (kbytes porque eu trabalho com internet no Brasil)
Twitter, pegou ou não pegou?
março 6, 2008
Encontrei no Carreira Solo esse video que explica o funcionamento do Twitter, ou pelo menos como ele deveria funcionar segundo seus idealizadores.
“What are you doing?” – Faz Sentido
Depois de ver o video, quem ainda não se cadastrou ou não entendia a proposta pode ficar tentado a clicar. Movido pela curiosidade, pela ferramenta e pela vida dos outros.
Mas quem é que vai parar para escrever que esta tomando café?
Um novo uso
Aqui no brasil (não tenho seguido gente de fora) vemos um movimento muito diferente do previsto, o Twitter move debates e notícias.
Imagine que seu amigo postou um link de uma notícia “X”, o Twitter te permite rebater com uma resposta. Seus amigos veem a sua resposta e vão atrás do video, ficam amigos do seu amigo que postou a notícia “X”, postando a ele suas impressões sobre a notícia que ele postou.
Esta aí um movimento social muito mais interessante.
A comunidade blogueira toda adotou o Twitter, todos os dias eles postam links, notícias, videos e raramente seus copos de café.
Mas pegou?
Bem, eu me cadastrei a muito tempo. Tentei usar como eles queriam e uma mensagem “fui ao McDonalds” ficou lá durante meses. Retomei o uso depois do boom dos blogueiros. Me empolguei e indiquei a todos os meus amigos que usassem.
Meus amigos que não trabalham com internet ou que não são geeks tem certas resistência até hoje, não entendem a interface, o funcionamento e a lógica “eu não vou ficar parando pra escrever o que eu estou fazendo toda hora!”. E aí, eu dou razão a eles.
Dá pra fazer uso comercial?
O festival de música “Planeta Terra”, realizado no final do ano passado montou um profile que anunciava as novidades dias antes do evento. As bandas que iam tocar, as novidades na estrutura, os horários, tudo era anunciado primeiro lá. E quem não quer ter a notícia que lhe interessa antes.
Ficou curioso? Quer visitar o meu Twitter? Lá vai http://twitter.com/thiagoah
Me ensina a desenhar?
dezembro 18, 2007
Um primo de 12 anos fazia uma visita em casa. Entre os assuntos habituais da falta de assunto (causada pela diferença de idade eu acho), ele me perguntou o que eu estudava, respondi “Desenho Industrial” (minha resposta padrão pra quando não quero ficar explicando o que faço), mas uma criança não se contentaria com tão simples resposta (como não pensei nisso antes?).
Ouviu a palavra desenho e logo pediu para ver os meus. Peguei minha pasta, alguns rabiscos no meio de um bloco meio vazio que estavam no meu guarda-roupas e comecei a mostrar pra ele… os olhos brilhavam, em meio a “que dá hora”s. A conversa foi assinada com um “me ensina a desenhar?”
Fiquei sem ação, ensinar a desenhar? Ok, lápis e papel na mão e a primeira lição foi fazê-lo ver linhas. Depois, um pouco de massa: como fazer um circulo virar uma bola e uma bola virar um personagem. Depois de falar e rabiscar pra caramba, perguntei “o que você quer desenhar?” ele respondeu “um carro”. Tudo ficou mais complicado, eu NUNCA desenho carros, mas vamos lá, estava gostando de catequizá-lo. Uns poucos traços e… pronto, ja começava a aparecer algo como uma pick-up.
Vê-lo empolgado com a idéia me deixou animado, mas eu queria mais, queria ser mágico. Soltei um “mas e se eu quiser que seja um fusca?” mais alguns rabiscos e o último traço foi decidido com um “QUE MUITO LOKO(assim mesmo, com K)”. e a conversa finalizada com: “Thiago quero fazer desenho industrial, quero desenhar carros”.